A situação do Clube do Remo é cada vez mais complicada: O time não anda bem no Campeonato, mesmo classificado à próxima fase e agora o aperto que levou da Justiça Trabalhista que decretou a venda do Baenão e de preocupar qualquer um. Isso é demais para os remistas aquentarem tanto sofrimento, mas vamos torcer para que o querido Leão Azul, mudar de rumo e voltar a ser o temido "Filho da Glória e do triunfo".
Amarildo de Jesus - Vereador do Povão
Confirmado! Baenão está vendido, diz juíza do TRT
A polêmica sobre a venda do estádio Evandro Almeida, o Baenão, do Clube do Remo, acabou na manhã desta quarta-feira, dia 25 de agosto de 2010. Segundo a juíza do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 8ª Região, responsável pelo caso, Ida Selene, o imóvel foi vendido para as construtoras Agre e Leal Moreira e o dinheiro será utilizado para quitar as dívidas trabalhistas do clube.
'Está documentada uma promessa de pagamento pelas construtoras Agre e Leal Moreira. Com isso em mãos, já se pode considerar que o Baenão está vendido, mas o pagamento só começará a ser realizado a partir do dia 21 de setembro, com depósitos de forma parcelada na Justiça do Trabalho', explicou a juíza.
A dívida trabalhista do Remo, proveniente de multas e salários atrasados de jogadores e motivadora da venda do estádio, soma, nesta quarta-feira (25), R$ 7.913.880,16. 'Mas este é o valor de hoje. A cada dia, isto aumenta por conta da correção monetária', destacou Ida.
Mas a venda em si, não ficará neste valor. 'O valor total que será pago pelas construtoras é de R$ 33 milhões. Isso porque, além desta dívida trabalhista, estão incluídos R$ 18 milhões para a construção da 'Arena do Leão' - um espaço com estádio com capacidade para 22,5 mil pessoas, academia e centro de treinamento -, R$ 6 milhões para a compra do terreno', pontua e ressalta: 'É bom lembrar que o valor total em que o Baenão está avaliado é de R$ 35 milhões, mas, pela negociação ter sido fruto de um acordo e ter acontecido da forma que aconteceu, o montante foi abatido para R$ 33 milhões'. Todo este processo tem previsão para ser encerrado em dois anos.
Assim, as construtoras se comprometeram em construir a nova 'Arena do Leão', mas o presidente azulino, Amaro Klautau, avisa que o terreno localizado no município de Marituba, região metropolitana de Belém, onde a arena seria construída foi 'perdido'.
'Devido ao processo de tombamento histórico do estádio, o proprietário do terreno desistiu de vender a área para o Remo. Teremos que começar tudo de novo. Mas isto se consegue rápido!', salientou.
O processo de tombamento citado por Klautau foi o fator que impediu que a venda, oficializada hoje, acontecesse no mês de junho, quando o clube realizou o mesmo acordo com as mesmas construtoras.
'A preocupação do Remo era que, por ter expirado o prazo dado pela Justiça para que levássemos compradores interessados, acontecesse leilões que vendessem o Baenão de forma fatiada. Isto seria um desastre para o clube, que perderia de vez o espaço e ficaria com um imóvel a menos, como ficamos sem a nossa sede campestre', disse Amaro.
Para finalizar, Amaro conta que o indeferimento do pedido de tombamento do Baenão ocorrido na segunda-feira chegou com uma recomendação da própria Secult (Secretaria Estadual de Cultura), responsável por analisar a procedência destes tombamentos, mandou.
'No parecer técnico da Secult, eles recomendam que quem vier a adquirir a área do Baenão, implemente um memorial, onde será colocada a história do Clube do Remo e que se preserve a estátua do Leão, que fica no gramado, e as placas de homenagens ao clube espalhadas pelo estádio. Assim, estaremos realmente preservando a história do clube', frisou.
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