Edição: Paulo Vasconcellos, Paulo Henrique e Mathaus Pereira
- Como não posso fazer propaganda direta para os meus candidados, estou sendo democrático e postando o debate feito pela TV RBA com os candidados ao governo do Estado. Foi o ponta pé inicial para as avaliações do eleitorado. Escolham e votem com consciência.
Amarildo de Jesus - Vereador do Povão
4 candidatos e um só desejo: conquistar o eleitor
No debate promovido pela RBA ontem à noite, o candidato do PSol ao governo do Estado, Fernando Carneiro, se mostrou à vontade quando fez perguntas e deu respostas. Ele optou em apresentar ao eleitor um apelo pela mudança, ligando os outros candidatos a uma única proposta e se apresentando como a opção mais popular para o desenvolvimento do Estado, a partir de projetos direcionados à grande massa.
Como já era previsto, a candidata do PT, que concorre à reeleição, Ana Júlia Carepa, focou sua participação em apresentar números de investimentos de seu governo em diversas áreas, especialmente segurança pública, onde os índices de criminalidade no Estado do Pará continuam muito altos e que foi apontado pela população, em pesquisa realizada pela RBA, como uma das duas áreas mais preocupantes do Estado, ao lado da saúde pública. Ana Júlia enfatizou a realização de concurso público para as polícias Militar e Civil e a compra de equipamentos e viaturas para combater a criminalidade.
O candidato do PSDB, Simão Jatene, que governou o Estado entre 2002 e 2006, insistiu em comparar as duas administrações e apontar supostas falhas no governo Ana Júlia, especialmente na área de saúde, questionando a falta de investimento e ressaltando que os hospitais regionais públicos foram construídos em sua administração, argumentando ainda que nos três anos e meio do governo petista os índices sociais do Estado pioraram.
Participando pela primeira vez do debate em televisão, o candidato do PMDB, Domingos Juvenil, também focou sua participação no debate em criticar a administração estadual, estendendo também as críticas ao governo Simão Jatene e se apresentou como opção de mudança para o eleitor. Juvenil repetiu o que vem fazendo na campanha eleitoral no rádio e TV, tentando mostrar que obteve sucesso na vida profissional, através da educação pública.
SEGURANÇA E SAÚDE
No primeiro bloco, cada um dos candidatos respondeu a questões envolvendo segurança e saúde. No segundo, começaram as perguntas entre candidatos. Juvenil perguntou a Jatene sobre como via a educação no Estado. “No meu governo ampliamos o ensino e agora o desafio é a universalização”. Juvenil lembrou que o índice do Ideb paraense é 2,8, um dos cinco piores do país, e Jatene lembrou que em seu governo houve uma progressão do ensino. “Hoje estamos em último lugar. Agora temos de melhorar a qualidade recuperando as boas práticas educacionais”.
Na sua pergunta a Fernando Carneiro, Ana Júlia quis saber o que o candidato achava do programa “Faz Estrada”, que levou maquinário aos 143 municípios do Estado. “A infraestrutura do Estado é precária e as medidas do governo são paliativas. Hoje a pequena produção e os seus agricultores estão abandonados”. A governadora replicou afirmando que mais de 300 patrulhas mecanizadas foram doadas, beneficiando mais de 100 mil famílias. Na tréplica, Carneiro lembrou que o Pará ostenta os piores índices na área rural: campeão de trabalho escravo, em desmatamento e em violência no campo.
Jatene acusou Ana Júlia de ter assumido a construção dos hospitais regionais e, depois, que apenas os equipou. Perguntou quanto ela investiu em saúde no governo. A petista afirmou que os Hospitais
Regionais estavam fechados no início de seu governo. Na réplica, Jatene disse que Ana Júlia não respondeu à pergunta e acusou a petista de ter gastado mais em propaganda do que em saúde. “Ele erra. Só para manter os hospitais regionais gastamos R$ 240 milhões ao ano”, respondeu a
governadora.
Fernando Carneiro indagou a Juvenil a quem atribuía o caos na saúde no Estado, que teria resultado na morte de vários bebês na Santa Casa. O peemedebista respondeu que o atual governo tinha a sua parcela de culpa e que a AL apartou parte de seu orçamento para ajudar o governo. “Seu partido é que comandava a saúde nessa época”, acusou Carneiro, se referindo ao PMDB. Juvenil lembrou que a secretária de Saúde da época foi escolha da governadora e que o PMDB não mandava na secretaria que, segundo ele, era “aparelhada” pelo PT.
Em seguida, os candidatos continuaram a fazer perguntas entre si. Ana Júlia questionou Jatene sobre qual projeto de desenvolvimento que o candidato José Serra tem para o Pará e para o Brasil. O tucano disse que o Serra pretende recuperar a “infra-estrutura do país, recuperando promessas antigas como o asfaltamento da Transamazônica e da Santarém Cuiabá, no Pará. “Enquanto Lula é indutor do desenvolvimento, eles (tucanos) preferem vender”, rebateu a governadora. “Se a moeda não estivesse estável não daria para o atual governo fazer a transferência de renda”, treplicou Jatene.
A segurança pública voltou ao debate, com a governadora se defendendo da acusação de Jatene de que a segurança no Estado seria a segunda pior do país. “Já fizemos dois concursos públicos com a contratação de 2,8 mil novos policiais”, rebateu Ana. “Mais importante que números, o importante é ouvir o que a população diz”, apontou Jatene.
Fernando Carneiro e Domingos Juvenil debateram sobre abuso de poder econômico e uso da máquina e sobre os prejuízos que o Estado teve com a perda da subsede da Copa do Mundo em 2014.
CONSIDERAÇÕES
A partir do terceiro bloco, o debate começou a ficar mais “quente”, mas todos os candidatos foram cordiais uns com os outros e nenhum incidente ocorreu. Ao contrário, todos se cumprimentaram após o encerramento.
Durante as considerações finais, os candidatos usaram os dois minutos de tempo para apelar a eleitor/telespectador.
Como apresentou postura mais dura desde o início, Fernando Carneiro agradeceu a atenção dos eleitores e disse que as críticas foram necessárias, mas que o debate foi de alto nível. Da mesma forma, Simão Jatene afirmou que o debate permitiu que a população tenha noção das propostas.
Domingos Juvenil fez o último apelo pela mudança, sob o argumento que os outros dois candidatos do PT e PSDB já estiveram no governo e, segundo ele, tiveram oportunidade de fazer e não fizeram o que é necessário para o desenvolvimento do Pará. Ana Júlia Carepa se despediu do eleitor insistindo que a aliança com a candidata a presidente Dilma Rousseff dará continuidade ao projeto do PT no Pará e no país. (Diário do Pará)
Como já era previsto, a candidata do PT, que concorre à reeleição, Ana Júlia Carepa, focou sua participação em apresentar números de investimentos de seu governo em diversas áreas, especialmente segurança pública, onde os índices de criminalidade no Estado do Pará continuam muito altos e que foi apontado pela população, em pesquisa realizada pela RBA, como uma das duas áreas mais preocupantes do Estado, ao lado da saúde pública. Ana Júlia enfatizou a realização de concurso público para as polícias Militar e Civil e a compra de equipamentos e viaturas para combater a criminalidade.
O candidato do PSDB, Simão Jatene, que governou o Estado entre 2002 e 2006, insistiu em comparar as duas administrações e apontar supostas falhas no governo Ana Júlia, especialmente na área de saúde, questionando a falta de investimento e ressaltando que os hospitais regionais públicos foram construídos em sua administração, argumentando ainda que nos três anos e meio do governo petista os índices sociais do Estado pioraram.
Participando pela primeira vez do debate em televisão, o candidato do PMDB, Domingos Juvenil, também focou sua participação no debate em criticar a administração estadual, estendendo também as críticas ao governo Simão Jatene e se apresentou como opção de mudança para o eleitor. Juvenil repetiu o que vem fazendo na campanha eleitoral no rádio e TV, tentando mostrar que obteve sucesso na vida profissional, através da educação pública.
SEGURANÇA E SAÚDE
No primeiro bloco, cada um dos candidatos respondeu a questões envolvendo segurança e saúde. No segundo, começaram as perguntas entre candidatos. Juvenil perguntou a Jatene sobre como via a educação no Estado. “No meu governo ampliamos o ensino e agora o desafio é a universalização”. Juvenil lembrou que o índice do Ideb paraense é 2,8, um dos cinco piores do país, e Jatene lembrou que em seu governo houve uma progressão do ensino. “Hoje estamos em último lugar. Agora temos de melhorar a qualidade recuperando as boas práticas educacionais”.
Na sua pergunta a Fernando Carneiro, Ana Júlia quis saber o que o candidato achava do programa “Faz Estrada”, que levou maquinário aos 143 municípios do Estado. “A infraestrutura do Estado é precária e as medidas do governo são paliativas. Hoje a pequena produção e os seus agricultores estão abandonados”. A governadora replicou afirmando que mais de 300 patrulhas mecanizadas foram doadas, beneficiando mais de 100 mil famílias. Na tréplica, Carneiro lembrou que o Pará ostenta os piores índices na área rural: campeão de trabalho escravo, em desmatamento e em violência no campo.
Jatene acusou Ana Júlia de ter assumido a construção dos hospitais regionais e, depois, que apenas os equipou. Perguntou quanto ela investiu em saúde no governo. A petista afirmou que os Hospitais
Regionais estavam fechados no início de seu governo. Na réplica, Jatene disse que Ana Júlia não respondeu à pergunta e acusou a petista de ter gastado mais em propaganda do que em saúde. “Ele erra. Só para manter os hospitais regionais gastamos R$ 240 milhões ao ano”, respondeu a
governadora.
Fernando Carneiro indagou a Juvenil a quem atribuía o caos na saúde no Estado, que teria resultado na morte de vários bebês na Santa Casa. O peemedebista respondeu que o atual governo tinha a sua parcela de culpa e que a AL apartou parte de seu orçamento para ajudar o governo. “Seu partido é que comandava a saúde nessa época”, acusou Carneiro, se referindo ao PMDB. Juvenil lembrou que a secretária de Saúde da época foi escolha da governadora e que o PMDB não mandava na secretaria que, segundo ele, era “aparelhada” pelo PT.
Em seguida, os candidatos continuaram a fazer perguntas entre si. Ana Júlia questionou Jatene sobre qual projeto de desenvolvimento que o candidato José Serra tem para o Pará e para o Brasil. O tucano disse que o Serra pretende recuperar a “infra-estrutura do país, recuperando promessas antigas como o asfaltamento da Transamazônica e da Santarém Cuiabá, no Pará. “Enquanto Lula é indutor do desenvolvimento, eles (tucanos) preferem vender”, rebateu a governadora. “Se a moeda não estivesse estável não daria para o atual governo fazer a transferência de renda”, treplicou Jatene.
A segurança pública voltou ao debate, com a governadora se defendendo da acusação de Jatene de que a segurança no Estado seria a segunda pior do país. “Já fizemos dois concursos públicos com a contratação de 2,8 mil novos policiais”, rebateu Ana. “Mais importante que números, o importante é ouvir o que a população diz”, apontou Jatene.
Fernando Carneiro e Domingos Juvenil debateram sobre abuso de poder econômico e uso da máquina e sobre os prejuízos que o Estado teve com a perda da subsede da Copa do Mundo em 2014.
CONSIDERAÇÕES
A partir do terceiro bloco, o debate começou a ficar mais “quente”, mas todos os candidatos foram cordiais uns com os outros e nenhum incidente ocorreu. Ao contrário, todos se cumprimentaram após o encerramento.
Durante as considerações finais, os candidatos usaram os dois minutos de tempo para apelar a eleitor/telespectador.
Como apresentou postura mais dura desde o início, Fernando Carneiro agradeceu a atenção dos eleitores e disse que as críticas foram necessárias, mas que o debate foi de alto nível. Da mesma forma, Simão Jatene afirmou que o debate permitiu que a população tenha noção das propostas.
Domingos Juvenil fez o último apelo pela mudança, sob o argumento que os outros dois candidatos do PT e PSDB já estiveram no governo e, segundo ele, tiveram oportunidade de fazer e não fizeram o que é necessário para o desenvolvimento do Pará. Ana Júlia Carepa se despediu do eleitor insistindo que a aliança com a candidata a presidente Dilma Rousseff dará continuidade ao projeto do PT no Pará e no país. (Diário do Pará)
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